Ah, sexo! Esse grande e delicioso tabu!
Sempre recebo perguntas sobre o que é a terapia sexual e como pode ser contributiva. A resposta é simples: a terapia sexual é um foco maior, dentro do processo psicoterapêutico, à queixas que impedem a vivência plena da própria sexualidade.
E quando falo de sexualidade é de maneira ampliada. Não podemos olhar apenas a queixa simples da figura, como por exemplo anorgasmia (ausência de orgasmo), sem olharmos o fundo que permeia. Lembra que somos arte em vida? Então, temos vários aspectos que compõe uma arte, e um dos aspectos que compõe a obra Humana, é a sexualidade. Exercemos nossa sexualidade quando optamos por ofertar um aperto de mão e não um abraço ao conhecer alguém. Ao escolhermos a roupa que vestimos ao sair de casa. Ao apagar as luzes na intimidade do quarto. Ao nos olharmos no espelho (físico e metafórico) e ficarmos insatisfeitos com o que deparamos.
De maneira mais prática, temos algumas estratégias para trabalhar questões relativas à sexualidade, desde queixas físicas que impossibilitam uma experiência sexual prazerosa com origem emocional, até disforias de gênero. Traumas, pré-conceitos, auto desconhecimento, engessamentos, dentro tantos outros fatores afetam nossas relações interpessoais e experiências.
A Organização Mundial da Saúde considera que o aspecto sexual é um fator importante ao avaliar o índice de saúde global de uma pessoa ou nação. Por muito tempo considerado tabu, hoje as discussões na grande mídia e nas rodas de conversa entre amigos e familiares abrangem o tema sexo e sexualidade. Por que não buscar a satisfação e maior qualidade nas suas relações?
O processo é o mesmo da psicoterapia tradicional apenas com o filtro da sexualidade, com a busca do autoconhecimento, a autodescoberta, o reconhecimento de limites, desejos, ampliação das sensações, para uma vida mais prazerosa, autônoma e consciente.